Curiosidades e fatos sombrios sobre gatos

O simbolismo dos gatos

Os gatos são cercados de mistérios e lendas, aparecendo em filmes, livros e contos como personagens enigmáticos e misteriosos. No entanto, além disso, existem várias histórias reais que envolvem gatos e seus donos, como a relação entre os felinos e a esquizofrenia, a toxoplasmose e até mesmo rituais ocultos.

A toxoplasmose e sua relação com gatos

Um dos fatos mais interessantes que envolvem os gatos é a relação entre esses animais, os ratos e a toxoplasmose. A toxoplasmose é uma doença causada pelo parasita Toxoplasma gondii, que pode ser transmitida aos humanos por meio de alimentos mal cozidos ou contaminados, além de estar presente nas fezes de gatos infectados.

Alguns estudos indicam que os ratos infectados com a toxoplasmose perdem seu instinto de sobrevivência e, em vez de fugir dos gatos, procuram ativamente o contato com eles. Isso acontece porque o parasita precisa estar dentro do intestino do gato para se reproduzir, e a melhor forma de chegar lá é passando pelo trato gastrointestinal do rato.

Gatos e a relação com a esquizofrenia

Outro tema que envolve os gatos e a saúde humana é a relação entre esses animais e a esquizofrenia. A esquizofrenia é uma doença mental que afeta cerca de 1% da população mundial e é caracterizada por sintomas como alucinações, delírios e pensamento desorganizado.

Alguns estudos sugerem que o parasita Toxoplasma gondii pode estar relacionado ao desenvolvimento da esquizofrenia em seres humanos. Isso acontece porque o parasita pode infectar o cérebro humano e causar alterações na produção de neurotransmissores, substâncias responsáveis pela comunicação entre os neurônios.

Gatos em filmes de terror e ficção científica

O gato no filme “Alien, O Oitavo Passageiro”

O gato no filme “Alien, O Oitavo Passageiro” Para quem não se lembra, o alienígena que ataca os integrantes da nave Nostromo no clássico filme de 1979 não era o oitavo passageiro como era anunciado no pôster da produção, mas sim o de número nove. Além dos sete integrantes, encabeçados por uma jovem estreante Sigourney Weaver, existia um gato chamado Jones, que também estava no espaço. O gato amarelo está presente em momentos cruciais de “Alien, O Oitavo Passageiro”. Além de andar para lá e para cá pela nave, Jones também passa por maus bocados no filme, além de quase ter sido esquecido na nave que explodiu. Mas Jones sobreviveu e até fez uma rápida, porém importante, aparição na sequência “Aliens – O Resgate”, de 1986, embora “interpretado” por outro gato. O felino acha que o alien é na verdade um gato sem pelo, apenas com a particularidade de crescer rápido demais. Além disso, como bom gato, Jones passa a maior parte do tempo dormindo e se questionando porque os seus donos não estão brincando com ele quando algum personagem morre.

O Gato de Cheshire de “Alice no País das Maravilhas”

O Gato de Cheshire é uma das personagens mais icônicas de Alice no País das Maravilhas, e seu comportamento enigmático e esquivo tem fascinado os leitores desde a publicação do livro em 1865. Embora não seja explicitamente identificado como tal, muitos leitores e críticos interpretaram o Gato como um exemplo de esquizofrenia.

A esquizofrenia é uma condição psiquiátrica que afeta a maneira como uma pessoa pensa, sente e se comporta. Os sintomas da esquizofrenia podem incluir alucinações, delírios, pensamento desorganizado e comportamento incomum. Uma das características mais comuns da esquizofrenia é a desconexão da realidade, e muitas vezes os indivíduos com esquizofrenia são incapazes de distinguir entre o que é real e o que é imaginário.

Existem vários aspectos do comportamento do Gato de Cheshire que podem ser interpretados como sintomas de esquizofrenia. Por exemplo, o fato de que seu corpo desaparece lentamente, deixando apenas seu sorriso, pode ser interpretado como uma alucinação ou delírio. Da mesma forma, sua resposta evasiva à pergunta de Alice sobre lugares sem pessoas loucas pode ser vista como uma expressão de pensamento desorganizado.

Além disso, a personalidade volátil e imprevisível do Gato pode ser vista como um comportamento incomum associado à esquizofrenia. Ele parece alternar entre ser amigável e hostil, e seus comentários enigmáticos e aparentemente sem sentido são semelhantes aos delírios associados à esquizofrenia.

No entanto, é importante notar que a interpretação do Gato de Cheshire como um exemplo de esquizofrenia não é universalmente aceita. Alguns críticos argumentam que ele pode ser interpretado de outras maneiras, como um símbolo da instabilidade da realidade ou uma representação da dualidade da natureza humana.

O Simbolismo do gato no filme “O Livro de Eli”

É comum encontrarmos simbolismos ocultos em obras literárias e cinematográficas, e em “O Livro de Eli” não é diferente. O gato, que pode parecer apenas um animal sem importância na trama, possui um simbolismo duplo. De acordo com o simbolismo, o gato representaria tanto a figura da “beta kitty”, uma vítima do controle mental em programas como o MK ULTRA, quanto a de um parasita que se alimenta dos fracos e vulneráveis em tempos difíceis. O fato de Eli matar o gato e oferecer seu corpo para alimentar um rato pode ter um significado profundo e perturbador nesse contexto simbólico.

A conexão com o mundo espiritual através do olhar de gatos mostrado no filme “Constantine”

No filme “Constantine”, o personagem principal John Constantine explica que os olhos dos gatos têm uma conexão especial com o mundo espiritual. Ele afirma que os olhos dos gatos podem ver além da realidade mundana e detectar a presença de espíritos malignos. Esta crença na conexão entre os olhos dos gatos e o mundo espiritual não é nova e tem sido explorada em muitas culturas ao longo da história. Muitas vezes, os gatos foram vistos como guardiões das fronteiras entre os mundos humano e espiritual, e sua visão foi considerada capaz de detectar a presença de seres sobrenaturais. Embora esta crença possa parecer mística e supersticiosa para alguns, ela demonstra a fascinação duradoura dos humanos com o olhar penetrante e misterioso dos gatos.

A realidade é pior que a ficção

Louis Wain foi um artista britânico que ficou famoso por seus desenhos de gatos antropomórficos em poses humanas. Antes de desenvolver esquizofrenia, seus desenhos eram mais convencionais e realistas, mas à medida que sua doença progrediu, eles se tornaram mais coloridos e estilizados, com padrões psicodélicos e formas distorcidas. Infelizmente, a doença finalmente o levou à pobreza e à morte em um hospital psiquiátrico, mas seu legado artístico vive até hoje.