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Comissão Europeia reage às falas de Lula sobre a guerra na Ucrânia

A União Europeia acusou o presidente brasileiro de espalhar fake news ao dizer que a UE e os EUA estão ajudando a prolongar o conflito. O porta-voz da instituição, Peter Stano, afirmou que os países fornecem armamentos para ajudar a Ucrânia a se defender da invasão russa.

A União Europeia acusou o presidente brasileiro de espalhar fake news ao dizer que a UE e os EUA estão ajudando a prolongar o conflito. O porta-voz da instituição, Peter Stano, afirmou que os países fornecem armamentos para ajudar a Ucrânia a se defender da invasão russa.

A Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia (UE), reagiu nesta segunda-feira às declarações do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a guerra na Ucrânia. Em uma entrevista à rede Al Jazeera na semana passada, Lula disse que a UE e os Estados Unidos estão ajudando a prolongar o conflito ao fornecer armas e apoio político à Ucrânia.

“Não é verdade que a UE e os EUA estão ajudando a prolongar o conflito. Pelo contrário, eles estão apoiando os esforços diplomáticos para encontrar uma solução pacífica e respeitar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”, disse Peter Stano, porta-voz da Comissão Europeia para assuntos externos, em uma coletiva de imprensa em Bruxelas.

Stano afirmou que os países da UE e os EUA fornecem armamentos para ajudar a Ucrânia a se defender da invasão russa, que começou em 2022 e já deixou mais de 10 mil mortos. Ele disse que a Rússia é a principal responsável pela escalada da violência e pela violação dos acordos de paz assinados em 2015.

“A Rússia é quem está alimentando o conflito com suas tropas, seus equipamentos militares, seus mercenários e sua propaganda. A Rússia é quem deve parar de agredir a Ucrânia e respeitar o direito internacional”, disse Stano.

Lula propõe grupo de paz para mediar acordo entre Rússia e Ucrânia

As declarações de Lula sobre a guerra na Ucrânia foram feitas durante uma viagem à Ásia, onde ele se encontrou com o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan. Lula propôs a criação de um grupo de países não envolvidos no conflito para mediar um acordo entre Rússia e Ucrânia.

“Eu acho que precisamos sentar em uma mesa e dizer: ‘chega, vamos começar a conversar’ porque a guerra nunca trouxe e nunca trará nenhum benefício para a humanidade”, disse Lula à Al Jazeera.

Lula disse que estava tentando reunir um grupo de líderes que “preferem falar sobre paz do que sobre guerra”. Ele citou Xi e Sheikh Mohamed como possíveis integrantes do grupo. Ele também disse que teve uma conversa com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, no início do ano.

Lula tem sido crítico do papel dos EUA e da UE no conflito e tem buscado reconstruir os laços do Brasil com a China, seu maior parceiro comercial. Ele também tem mantido um diálogo com a Rússia, cujo ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, visitou Brasília nesta segunda-feira.

A guerra na Ucrânia

A guerra na Ucrânia é um conflito armado que começou em 2022, quando a Rússia invadiu o país vizinho, alegando proteger os interesses dos russos étnicos na região. A Ucrânia acusou a Rússia de violar sua soberania e integridade territorial e de apoiar os rebeldes separatistas no leste do país.

O conflito já deixou mais de 10 mil mortos e mais de 4 milhões de deslocados, além de causar graves danos à infraestrutura e ao meio ambiente. A guerra também aumentou as tensões entre a Rússia e o Ocidente, que impôs sanções econômicas e políticas contra Moscou.

Apesar de vários esforços diplomáticos para encontrar uma solução pacífica, o conflito continua sem uma saída à vista. As partes envolvidas não cumprem os acordos de cessar-fogo e de retirada de armas pesadas da linha de frente. A Rússia mantém cerca de 100 mil soldados na fronteira com a Ucrânia e continua fornecendo armas e munições aos separatistas.

A comunidade internacional tem expressado sua preocupação com a escalada da violência e o risco de uma guerra total na Europa. A ONU, a OTAN, a UE, os EUA e outros países têm apelado à Rússia para que respeite o direito internacional e pare de agredir a Ucrânia. Eles também têm oferecido apoio político, econômico e militar à Ucrânia para que possa defender sua soberania e sua democracia.

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